BÍBLIA E REFORMA PROTESTANTE


Categoria: Acervo
Imagem: Representação de bíblias antigas / Imagem: Etsy.com
Publicado: 24 de Janeiro de 2024, Quarta Feira, 15h59

Por Leonardo Pessoa da Silva Pinto
Mestre e Doutorando em Sagrada Escritura, Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).

RESUMO
Esta comunicação apresenta o papel desempenhado pela Bíblia no pensamento dos primeiros reformadores, bem como os critérios de interpretação utilizados por Lutero, Melanchthon, Calvino e Zwingli para a leitura da Sagrada Escritura. Aqui são exploradas as influências que os reformadores sofreram da exegese patrística e medieval e do humanismo deles contemporâneo, bem como as novas intuições que houveram para a compreensão bíblica e que marcaram o Protestantismo subsequente. Muito embora o objetivo dessa comunicação não seja o de estudar todos os aspectos do pensamento teológico dos reformadores, ela discute a articulação da reflexão bíblica com outros campos da reflexão teológica no pensamento dos mesmos; neste sentido, são estudados também os três princípios sola scripturasola fide e sola gratia. O método a ser seguido é sobretudo o da abordagem histórica, mais especificamente o da história da interpretação bíblica, que analisa os escritos produzidos pelas referidas personagens históricas.

 

INTRODUÇÃO
A Bíblia teve, inegavelmente, um papel central para a Reforma Protestante. Já chama a atenção o fato de que os primeiros reformadores foram formados em Sagrada Escritura, alguns eram mesmo professores de Bíblia, e todos escreveram comentários a livros bíblicos. Dados os limites de espaço, nos contentaremos em apresentar em breves traços as principais influências da Bíblia no pensamento dos reformadores e a contribuição dos mesmos para a história da interpretação bíblica. Veremos como não existe uma hermenêutica protestante criada ex nihilo pelos reformadores, como alguns polemistas buscaram demonstrar no passado, mas quanto os seus princípios interpretativos foram desenvolvidos em diálogo e tensão com a exegese patrística e medieval e com o humanismo.

 

LUTERO
O engajamento de Lutero com as Sagradas Escrituras foi, na realidade, o catalisador da Reforma Protestante na Europa do século XVI. O próprio Lutero entendia a sua recusa a certas doutrinas e disciplinas da Igreja como sua submissão ao ensinamento das Escrituras. Obviamente, a autoridade da Bíblia era já admitida e pacífica no pensamento cristão na antiguidade e no período medieval, mas Lutero vai além e identifica pontos de divergência entre a Bíblia e o ensinamento da Igreja e reconhece a Bíblia como última e suprema instância para definição de matéria de fé e vida cristã (cf. THOMPSON, 2009, p. 299-300). Como os papas e concílios podem errar, as Escrituras ocupam sozinhas a autoridade máxima em matéria de fé. Apesar disto, Lutero não desprezava a opinião dos Padres da Igreja (cf. GREENSLADE, 1963, p. 3-4). A afirmação do princípio sola scriptura, portanto, não significa em Lutero a eliminação de toda e qualquer referência à tradição, e sim que esta não pode ser equiparada em importância à Bíblia. Este forte apelo à autoridade da Escritura para a definição da fé cristã não faria sentido se Lutero admitisse que a Bíblia era obscura ou ininteligível, pois nesse caso sua compreensão poderia depender da autoridade do magistério da Igreja. Portanto, Lutero demonstra uma grande confiança na clareza das Escrituras quando lidas com honestidade e fé. Decorre desta noção o princípio hermenêutico de que a Escritura é o seu próprio intérprete (cf. THOMPSON, 2009, p. 303). Concretamente, isto significa que diante de passagens difíceis o intérprete deverá recorrer a outras passagens que tratem do mesmo assunto de maneira mais clara para iluminar o significado do trecho obscuro. Destarte, Lutero passou a evitar em seus comentários bíblicos longas exposições citando comentadores patrísticos ou medievais do texto e dava mais importância ao contexto da passagem e sua relação com outras perícopes.

Outro elemento central para a hermenêutica bíblica de Lutero era o “princípio Cristo”. Segundo Lutero, o foco de toda a Bíblia, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, é dar testemunho de Jesus Cristo. Este princípio não foi inventado por Lutero, mas se encontrava já presente na tradição exegética medieval. Lutero, no entanto, o aplica com rigor e sistematicamente. O conhecimento gramatical e literário da Bíblia é um objetivo penúltimo, pois a meta última é o conhecimento de Cristo e a resposta de fé. A Sagrada Escritura é a veste que Cristo pôs e onde se deixa ver e encontrar. Explicar as Escrituras sem fazer referência a Cristo é distorcer a sua mensagem (cf. THOMPSON, 2009, 304-306). Esta centralidade do “princípio Cristo” dá à compreensão da Bíblia, na hermenêutica de Lutero, uma unidade. Para ele, o núcleo do cristianismo encontra-se em Gálatas, Romanos, Evangelho de João e 1ª Carta de Pedro (cf. GRANT, 1984,p. 95). Muito embora Lutero não tenha chegado a revisar o conteúdo do cânon das Escrituras, o revisou hermeneuticamente, pois considerava que os livros bíblicos tinham valor desigual (cf. STEINMETZ, 1999, p. 98).

Quando Lutero iniciou suas conferências sobre os Salmos, em 1513, ele ainda trabalhava dentro dos parâmetros da exegese escolástica que utilizava a Quadriga, os quatro sentidos da Escritura: o sentido literal e os três sentidos espirituais, alegórico, tropológico e analógico (referidos respectivamente aos aspectos teológico, moral e escatológico). Este esquema, na verdade, já se encontrava até mesmo em Agostinho. A exegese medieval atribuía ao sentido literal a qualificação de ser letra que mata, enquanto os sentidos espirituais seriam espírito que vivifica. Antes de Lutero, Nicolau de Lyra (1492) sugerira que o sentido literal poderia ser subdividido em dois, literal-histórico e literal-profético. Assim, o Antigo Testamento preserva uma referência profética a Cristo. Lutero atribuiu um valor negativo ao sentido literal-histórico, considerando-o como a letra que mata e o literal-profético como o espírito que vivifica (cf.THOMPSON, 2009, p. 307-309). Com o passar dos anos Lutero abandona o uso da Quadriga e se torna crítico, sobretudo, da interpretação alegórica. Assim, a antítese letra-espírito não distingue na hermenêutica de Lutero dois níveis de significado, mas dois elementos em dinâmica e presentes no sentido literal de toda a Escritura. O abandono da alegoria não implicará um método anti-retórico. Lutero, como outros reformadores, admitirá sentidos figurativos nos textos bíblicos, mas como parte do sentido literal do texto e quando intencionado pelo autor (cf. GRANT, 1984, p. 94). A objeção de Lutero não é, portanto, ao significado alegórico, mas ao método alegórico, à imposição de outra figura de significado sobre o significado original do texto (cf. CUMMINGS, 2012, p. 188-189).

Outra antítese se tornará central na hermenêutica de Lutero, aquela que opõe lei-evangelho. Lei é aquilo que revela o pecado e guia a Cristo, evangelho é a resposta de perdão e vida em Cristo à pecaminosidade humana. Esta dinâmica está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, ou seja, todos os livros da Bíblia contêm lei e evangelho. Tudo o que constitui mandamentos é lei, o que traz promessas é evangelho (cf. THOMPSON, 2009, p. 309-310). Assim, a hermenêutica cristocêntrica de Lutero, como a de outros reformadores, não levou ao desprezo do Antigo Testamento, mas a uma grande apreciação do mesmo (cf. GREENSLADE, 1963, p. 16-17).

Ler a Bíblia, para Lutero, não é nunca uma atividade apenas acadêmica, mas religiosa. É preciso temer a Deus para compreender corretamente as Escrituras. Ele recomendava que a leitura fosse precedida pela oração. Além disso, Lutero insistia para que a Palavra de Deus fosse não apenas escrita e lida, mas ouvida e pregada (cf. THOMPSON, 2009, p. 311-312).

No seu comentário aos Salmos se vê grande influência de Agostinho. Os escritos deste Padre contra Pelágio o ajudaram também a afirmar que ninguém é justificado pelas próprias ações. A justificação pela fé é, segundo Lutero, o tema central da Carta aos Romanos (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, p. 69, 80). A salvação é dom gratuito de Deus. Vemos, portanto, como os princípios sola fide e sola gratia são decorrentes da atividade interpretativa de Lutero. Ele valorizava as traduções da Bíblia para o vernáculo, de fato traduziu a Bíblia para o alemão, mas ao mesmo tempo sublinhava a importância do aprendizado das línguas bíblicas. Um dos efeitos perenes da hermenêutica de Lutero para a história da interpretação bíblica foi o eclipse dos métodos exegéticos medievais (cf.THOMPSON, 2009, p. 302, 315).

 

MELANCHTHON
Uma característica da hermenêutica de Melanchthon é o recurso a técnicas utilizadas pelos humanistas, como os lugares comuns, loci communes ou topoi, que designam tópicos gerais com os quais o leitor distribui as afirmações de um autor. Melanchthon herdou dos humanistas também o interesse pelas fontes, poética e história dos textos, bem como pelas línguas antigas. O trivium da formação humanística (gramática, retórica e dialética) marcou profundamente o seu trabalho como intérprete da Bíblia. Melanchthon foi o primeiro exegeta cristão a analisar e organizar a carta aos Romanos de acordo com as regras da retórica. Muito embora o uso de esquemas retóricos por Paulo tenha sido notado anteriormente por vários comentadores, estes dividiam os textos de acordo com categorias filosóficas aristotélicas. Melanchthon, ao contrário, discutiu em detalhe e dividiu a carta aos Romanos com a linguagem da retórica clássica. O aspecto mais importante na análise é a descoberta do seu scopus, o seu objetivo, o argumento principal do autor. À partir desse ponto, o exegeta poderia interpretar todo o texto. Na carta aos Romanos o argumento principal é a justificação pela fé e todos os outros temas são relacionados a este (cf. WENGERT, 2009, p.319-322).

Melanchthon combinou também elementos da dialética com a retórica para a interpretação dos textos bíblicos. Para ele, a retórica lida com probabilidades, enquanto a dialética lida com certezas. Neste ponto, Melanchthon usa os lugares comuns não como tópicos que servem um uso retórico, mas axiomas derivados de princípios teológicos centrais. Assim, ele combina análise retórica das cartas de Paulo com uma compreensão dialética dos principais temas da teologia cristã (cf. WENGERT, 2009, p. 324-325, 336).

A carta aos Romanos contém a chave e método para os principais temas de toda a Sagrada Escritura. Pode-se dizer que toda a carta consiste em um único locus, a fonte da justificação. Assim, tendo encontrado o scopus ou locus da carta, o qual integra todos os outros tópicos básicos paulinos, Melanchthon pôde organizar todas as passagens da Escritura segundo o mesmo esquema. Os loci paulinos se tornaram, então, a base não apenas da interpretação de toda a Bíblia, mas também da primeira teologia sistemática protestante (cf. WENGERT, 2009, p. 325-326). Os seus loci não são mais um estoque preestabelecido de termos, mas são derivados da Escritura mesma, tais como pecado, lei, graça, justificação, formação moral, predeterminação. Emerge, assim, uma série de temas teológicos. Na sua hermenêutica, exegese e teologia dogmática se aproximam muito (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, p. 90-92). Melanchthon foi capaz de infundir na tradição exegética protestante um duradouro respeito pela exegese patrística e medieval. Se, por um lado, ele foi influenciado por Erasmo, Lutero e muitos outros autores da exegese patrística e medieval, por outro lado ele mesmo influenciou Zwingli, Calvino e muitas gerações de exegetas protestantes (cf.WENGERT, 2009, p. 329, 335-336).

 

CALVINO
A Bíblia esteve sempre no centro da teologia de Calvino. Ele publicou comentários sobre quase todos os livros da Bíblia. A exegese feita por Calvino nas suas obras demonstra uma constante atenção pastoral, o verdadeiro motor da sua interpretação bíblica (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, p. 119, 137). O objetivo final da interpretação é a edificação do fiel e ele dava grande importância à pregação (cf. PITKIN, 2009, p. 341, 351, 354). Calvino era familiarizado com as obras de Lutero e Melanchthon. Assim como os seus predecessores e contemporâneos, Calvino procurava reconciliar a letra com o significado espiritual do texto. Também demonstrava um respeito pela exegese patrística, sobretudo por Crisóstomo e um interesse particular por gramática e filologia (cf. PITKIN,2009, p. 346; GAMBLE, 1985, p. 9). Calvino levava em consideração o uso da retórica antiga na Bíblia, uma atenção despertada pelo humanismo (cf. GRAFREVENTLOW, 2010, p. 128). Ele insistia no sentido literal do texto e repudiava a alegoria (cf. GAMBLE, 1985, p. 5). A prioridade do sentido literal já se encontrava na exegese de alguns predecessores, como Hugo e André de São Vítor, Tomás de Aquino, Nicolau de Lyra e Lefèvre d’ Étaples. Para Calvino, o sentido literal incluía já as lições morais e espirituais que o autor queria inculcar e constituía a base para a interpretação. Muito embora a Reforma tenha trazido uma reavaliação da tradição recebida, isso não significou a completa rejeição da mesma; além da atenção que Calvino dava à exegese patrística, é preciso dizer que o interesse em gramática e filologia que herdou dos humanistas não foi uma ruptura com a exegese medieval, mas um deslocamento da ênfase do trabalho interpretativo (cf. PITKIN, 2009, p. 346-347, 356). Como outros reformadores, insistia no foco cristológico de toda a Escritura (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, p. 122).

Calvino preferia analisar a Bíblia livro por livro, versículo por versículo, ao invés de dar um tratamento por temas. Assim evitava que partes importantes da Escritura ficassem sem tratamento, como criticava em outros autores, entre os quais Melanchthon (cf. GAMBLE, 1985, p. 5). Este método ele utilizava seja nos comentários, seja nos sermões, conferências acadêmicas ou grupos de estudo semanais (cf. PITKIN, 2009, p. 352).

Segundo Calvino, as maiores qualidades de um intérprete são a brevidade e a clareza. Evita nas suas exposições tratar opiniões divergentes ou mesmo autores que poderiam apoiar a sua posição, tudo em função da simplicidade que almejava. Num certo sentido, este método deriva da Escritura mesma, pois esta evita a retórica frívola. De resto, o princípio da brevidade não era estranho à hermenêutica humanista (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, 126). Calvino dava muita importância à intenção do autor humano no trabalho de interpretação das Escrituras. Para se chegar à intenção do autor, é preciso evitar todo material supérfluo que poderia desviar o leitor desta meta (cf. GAMBLE, 1985, p. 2-3, 13).

Para bem interpretar, o leitor tem necessidade do Espírito Santo e de uma prévia orientação teológica, motivo pelo qual Calvino preparou catecismos como guias para os fiéis. Além disso, ler a Bíblia em comunidade é importante para o intérprete (cf. PITKIN, 2009, p. 357). Humildade e modéstia são mais importantes do que a racionalidade para se interpretar a Bíblia (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, p. 120).

 

ZWINGLI
Zwingli foi muito influenciado por Erasmo e a sua posição teológica foi, às vezes, descrita como intermediária entre Erasmo e Lutero. Nota-se, como nos outros reformadores, um paulinismo na sua teologia. Insistiu para que as pregações dos ministros eclesiásticos tivessem como base apenas as Escrituras. A compreensão das Escrituras depende do recebimento do Espírito, pois o fiel deve ser ensinado por Deus mesmo, não por humanos. Todos os fiéis em Cristo, uma vez que possuem o Espírito, podem entender as Escrituras, mesmo um camponês não educado. Fé e oração são requisitos para a compreensão da Bíblia.

Segundo Zwingli, já o sentido literal era espiritual na medida em que derivava do Espírito, o verdadeiro autor da Escrituras. Criticava o uso de alegorias na interpretação. Zwingli reconhecia, contudo, o uso de figuras retóricas pela Bíblia, mesmo nas falas de Jesus nos Evangelhos (cf. GRAF REVENTLOW, 2010, p. 96-107, 110, 115).

Considerava a pregação, e esta baseada na Bíblia, uma das suas principais tarefas. Ele liderou uma escola bíblica pública onde dava grande importância às línguas bíblicas e à filologia. Tinha em grande conta a tradução grega da Septuaginta e, rejeitando a lenda de sua origem, admitia que esta havia tido diversos tradutores, o que pode ser percebido pelas diferenças de vocabulário e estilo (cf.GRAF REVENTLOW, 2010, p. 104-106, 109).

 

CONCLUSÃO
Vimos como a Bíblia ocupava um lugar central na origem da Reforma Protestante, e ao longo da vida e dos escritos dos reformadores, cuja teologia dependia da leitura que faziam das Escrituras. A hermenêutica dos reformadores é resultado de um diálogo tenso com os seus antecessores e contemporâneos, e marcou definitivamente a história da interpretação bíblica.

 

REFERÊNCIAS
CUMMINGS, Brian. The Problem of Protestant Culture: Biblical Literalism and Literary Biblicism. Reformation, v. 17, p. 177-198, 2012.

GAMBLE, Richard C. Brevitas et Facilitas: toward an Understanding of Calvin’s Hermeneutic. Westminster Theological Journal, Philadelphia, v. 47, p. 1-17, 1985.

GRAF REVENTLOW, Henning. History of Biblical Interpretation. Vol. 3. Renaissance, Reformation, Humanism. Atlanta: Society for Biblical Literature, SBL Resources for Biblical Study n. 62, 2010.

GRANT, Robert. A Short History of the Interpretation of the Bible. Second Edition Revised and Enlarged with D. Tracy. Philadelphia – London: Fortress Press, 1984.

GREENSLADE, S. L. The Cambridge History of the Bible. Vol. 3. The West from the Reformation to the Present Day. Cambridge: Cambridge University Press, 1963.

PITKIN, Barbara. John Calvin and the Interpretation of the Bible. In: HAUSER ,A. J.; WATSON, D. F. (Ed.). A History of Biblical Interpretation. Vol. 2. The Medieval through the Reformation Periods. Grand Rapids: Eerdmans, 2009, p. 341-371.

STEINMETZ, D. C. Luther, Martin. In: HAYES, J. H. (Ed.). Dictionary of Biblical In-terpretation. Vol. 2. K-Z. Nashville: Abingdon Press, 1999, p. 96-98.

THOMPSON, Mark D. Biblical Interpretation in the Works of Martin Luther. In: HAUSER, A. J.; WATSON, D. F. (Ed.). A History of Biblical Interpretation. Vol. 2. The Medieval through the Reformation Periods. Grand Rapids: Eerdmans, 2009, p.299-318.

WENGERT, Timothy. Biblical Interpretation in the Works of Philip Melanchthon. In: HAUSER, A. J.; WATSON, D. F. (Ed.). A History of Biblical Interpretation. Vol. 2. The Medieval through the Reformation Periods. Grand Rapids: Eerdmans, 2009, p. 319-340.

 

Fonte: Academia.edu


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