É A BÍBLIA INSUFICIENTE EM TERMOS DE FÉ?


Categoria: Acervo
Imagem: Old Bible - Imagem Dreamstime
Publicado: 06 de Dezembro de 2008, Sábado, 02h30

Caro leitor, muitos grupos heréticos surgiram por causa da crença de que a Bíblia não é a completa revelação de Deus. A característica básica desses grupos é juntar a Bíblia a sua própria literatura, que geralmente passa a ter valor igual e até superior à própria Palavra de Deus, como é o caso das obras de Ellen White, de Russel e de Joseph Smith.

Por que os reformadores do século dezesseis, saídos de dentro do catolicismo romano, afirmaram os princípios de somente a fé, somente a graça, somente as Escrituras? Porque perceberam o quanto o romanismo se havia afastado da Bíblia e assimilado muitas doutrinas pagãs.

A partir do momento em que se admite a Bíblia como insuficiente em questões de fé e prática, admite-se também a falta de autoridade dela. Esta é a outra fonte de heresias.

No caso do catolicismo romano, a autoridade oscilou das Escrituras para a igreja, da igreja para o concílio, e deste para o papa, que foi considerado infalível em 1870. Mas este tipo de erro ocorre também a nível de pequenos grupos, como foi o caso de Jim Jones, que levou ao suicídio 913 de seus seguidores, em 1978, e de David Koresh, que teve fim parecido com o suicídio de 80 seguidores. Em ambos os casos, a autoridade final era o líder.

Modernamente, algumas comunidades cristãs estão admitindo novas revelações supostamente divinas. Um membro de uma dessas igrejas, ao saber que eu fazia parte de uma comissão tradutora da Bíblia, me perguntou se haveria nessa nova tradução muitas novas revelações! Para ele, a revelação contida na Bíblia já está ultrapassada.

O gnosticismo (do grego, gnose, que significa conhecimento, ciência), é outro exemplo de juntar algo mais à Bíblia, que neste caso é a filosofia. O apóstolo Paulo preocupou-se com a presença de gnósticos na Igreja de Colossos (Cl 1.9-23), e o apóstolo João referiu-se a eles em sua Primeira Carta – “E todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e presentemente já está no mundo” (1 Jo 4.3).

Dizendo-se possuidores de um profundo conhecimento espiritual, os gnósticos reduziram o Cristianismo a um sistema filosófico ao basearem suas pretensões numa interpretação perversa de 1 Coríntio 2.6-8 – “Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; mas falamos a sabedoria de Deus, em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da Glória“.

Os gnósticos opunham-se à simplicidade da fé cristã. Consideravam-se pensadores profundos e tentavam explicar, mediante as suas filosofias, os mistérios da criação e o problema do mal. Para eles havia três tipos de pessoas – os instruídos, ou espirituais, que eram eles mesmos; os cristãos comuns, em quem se equilibram matéria e espírito, e, finalmente, os pagãos, ou materialistas, nos quais o espírito é subjugado pela matéria.

 

Fonte: 201 Respostas, Para o Seu Enriquecimento Espiritual e Cultural, Abraão de Almeida, CPAD.


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