AS CARTAS PAULINAS [PARTE 14, FINAL] HEBREUS


Categoria: Acervo
Imagem: Apóstolo Paulo escrevendo uma carta - Catholic Outlook
Publicado: 11 de Dezembro de 2010, Sábado, 17h54

Hebreus (Carta anônima, tradicionalmente atribuída a Paulo)
Consumidores conscientes compram os melhores produtos que o seu dinheiro possa adquirir. Os pais sensatos desejam apenas o melhor para os seus filhos, nutrindo o corpo, mente e espírito deles. Os indivíduos íntegros buscam o melhor investimento de tempo, talentos e tesouros. Em todas as áreas, conformar-se com menos seria desperdício, tolice e irresponsabilidade. Contudo, é um ímpeto natural caminhar em direção ao que é conveniente e confortável.

O judaísmo não era inferior ou fácil. Divinamente criado, era a melhor religião, a que mais expressava a verdadeira adoração e devoção a Deus. Os mandamentos, as cerimônias e os seus profetas descreveram as promessas de Deus e revelaram o caminho para o perdão e a salvação. Mas Cristo veio, cumpriu a Lei e os Profetas, venceu o pecado, quebrou todas as barreiras que impediam que os homens estivessem na presença de Deus, proveu gratuitamente a vida eterna.

As Boas Novas eram de difícil aceitação por parte dos judeus. Embora eles tivessem buscado e guardado o Messias durante séculos, estavam arraigados ao pensamento e à adoração de acordo com a forma tradicional. Seguir a Jesus parecia repudiar a sua herança e as suas maravilhosas Escrituras. Com precaução e perguntas, eles ouviram o evangelho, porém muitos o rejeitaram e procuraram eliminar esta “heresia”. Aqueles que aceitaram a Jesus como o Messias encontravam-se freqüentemente voltando às rotinas que lhes eram familiares, tentando viver uma fé híbrida.

Hebreus é um documento magistral, escrito para os judeus que estavam avaliando Jesus ou lutando com esta nova fé. A mensagem deste livro é que Jesus é o melhor, supremo e suficiente Salvador.

Hebreus começa enfatizando que tanto a aliança antiga (Judaísmo) quanto a nova (Cristianismo) são religiões reveladas por Deus (1.1-3). Na seção doutrinária que se segue (1.4-10.18), o escritor mostra como Jesus é superior aos anjos (1.4-2.18), aos líderes religiosos (3.1-4.13) e sacerdotes (4.14-7.28). O Cristianismo ultrapassa o Judaísmo por ter uma aliança melhor (8.1-13), um santuário melhor (9.1-10) e um sacrifício suficiente pelos pecados (9.11-10.18). Tendo estabelecido a superioridade do Cristianismo, o escritor parte para as implicações práticas de seguir a Cristo. Os leitores são exortados a apegarem-se à sua nova fé, a encorajarem-se uns aos outros e aguardarem ansiosamente a volta de Cristo (10.26-31) e lembrados das recompensas da fidelidade (10.32-39). Então, o autor explica como viver pela fé, citando exemplos de homens e mulheres fiéis na história de Israel (11.1-40), encorajando-os e exortando-os quanto ao cotidiano cristão (12.1-17). Esta seção termina comparando a antiga aliança com a nova (12.18-29). O escritor conclui com exortações morais (13.1-17), um pedido de oração (13.18,19), uma bênção e saudações (13.20-25).

Independente do que você esteja considerando como o enfoque mais importante na vida, saiba que Cristo é superior. Ele é a revelação perfeita de Deus, o sacrifício final e completo pelo pecado, o mediador compassivo e compreensivo, e o único caminho para a vida eterna. Leia Hebreus e comece a enxergar a história e a vida sob a perspectiva de Deus. Então, entregue-se franca e completamente a Cristo, sem quaisquer reservas.

Informações Essenciais
Propósito – Apresentar a suficiência e a superioridade de Cristo.

Autor – Pelo fato do nome do autor não ser mencionado no texto bíblico, Paulo, Lucas, Barnabé, Apolo, Silas, Filipe, Priscila, e outros têm sido sugeridos. Qualquer que seja o autor, refere-se a Timóteo como um “irmão” (13.23).

Destinatários – Aos cristãos hebreus (talvez cristãos da segunda geração, veja 2.3) que podem ter pensado em retornar ao judaísmo, talvez por uma imaturidade originada de uma falta de entendimento das verdades bíblicas; e a todos os crentes em Cristo.

Data – Provavelmente antes da destruição do Templo em Jerusalém em 70 d.C., porque os sacrifícios e as cerimônias religiosas são mencionados no livro, mas não é feita nenhuma menção da destruição do Templo.

Panorama – Estes cristãos judeus estavam provavelmente sofrendo uma violenta perseguição social e física, tanto de judeus como de romanos. Cristo não havia retornado para estabelecer seu Reino, e as pessoas precisavam ser asseguradas de que o Cristianismo era verdadeiro e de que Jesus era realmente o Messias.

Versículo Chave – “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas” (1.3).

Pessoas Chave – Homens e mulheres de fé do Antigo Testamento (cap. 11).

Lugares Chave – Não mencionado na fonte.

Características Particulares – Embora o livro de Hebreus seja chamado de “carta” (13.22), tem a forma e o conteúdo de um sermão.

 

Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Almeida Revista e Corrigida, CPAD.


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